➡️Qual o futuro da educação/formação -Ecobite Skip to main content

A vida, de um modo quase generalizado, tem sofrido alterações e adaptações radicais, nos últimos tempos, devido à ameaça do Covid 19.

O Sistema de Ensino e de Formação não fogem a esta regra, tendo de se adaptar de forma estrutural, para poderem continuar as suas atividades em segurança.

A necessidade de continuar a manter o Sistema de Ensino a funcionar de forma eficaz, complementada com as regras “anticovid” e com o apoio das ferramentas tecnológicas atuais, são um desafio para a globalização.

Foi anunciado pelo Ministério da Educação que, a partir de setembro deste ano, as atividades letivas vão retomar o seu funcionamento pleno, tendo em especial atenção a solidificação de conteúdos, que terão eventualmente sido menos perceptíveis durante o ano anterior.

Em concreto podemos descrever os seguintes indicadores:

Ensino presencial ou à distância?

Para as crianças de menor idade, manter o distanciamento e regras de higiene respiratória, são tarefas quase impossíveis, por isso, estratégias como a não partilha de objetos e redução do número de alunos por turma, serão a solução mais eficaz para os próximos tempos.

Para os mais crescidos, em que o sistema cognitivo já estará mais evoluído, será necessário ter em conta regras de higiene e segurança muito rigorosas, com as questões de etiqueta respiratória, a utilização permanente de máscara, a redução do número de alunos por turma ou alternar os períodos de frequência dos espaços escolares. Nos casos onde não exista a possibilidade realizar a partilha de conhecimento num formato tradicional, devemos optar pela realização de um ensino à distância, com ferramentas como a tele-escola ou as vídeo-aulas.

Nos casos de alunos com maior idade, como o ensino secundário e o ensino universitário, deverá recorrer-se ao ensino à distância, através das ferramentas digitais (que mais à frente iremos descrever).

A opção da presença dos alunos nos espaços físicos escolares, deverá ser somente feita em aulas práticas ou avaliações. Na vertente da formação em contexto laboral, deverá também optar-se pela formação à distância, realizando ações formativas presenciais, apenas quando for estritamente necessário.

As cantinas escolares e os espaços de refeição nas escolas ou empresas devem mudar?

As cantinas deverão ser adaptadas para cumprir com as regras da DGS em vigor. Estes deverão serão adaptadas para os espaços de refeições, com métodos de higienização eficazes, com fluxos de circulação que impeçam, sempre que possível, o cruzamento entre pessoas.

Nas empresas, os espaços de refeição devem ter em atenção as mesmas regras de segurança, devendo optar-se pelas refeições nestes locais, apenas em casos em que não seja possível efetuar a deslocação do colaborador até ao seu domicílio para efetuar a refeição.

Que regras de segurança devem existir?

O cumprimento das regras de segurança, para combater a ameaça do Covid-19, é um desafio crítico. As regras de distanciamento social, a utilização da máscara, o respeito pelas regras de etiqueta respiratória, a medição e a identificação dos principais sintomas da doença, com a criação de planos de contingência eficazes e perceptíveis por todos, são fundamentais nos próximos tempos.

Os planos de formação devem ser reajustados?

As questões ligadas às medidas “anticovid” serão um tema do nosso dia a dia nos próximos tempos, nesse sentido, a educação e formação destas temáticas deve estar presente no reajustamento dos planos de formação a todos os níveis. Adicionalmente, dado os constrangimentos existentes e as dificuldades inerentes, será fundamental realizar a redução de conteúdos menos necessários, dando especial destaque a temas críticos, quer seja no meio académico, quer no meio profissional.

Principais dificuldades na continuidade do Sistema de Ensino e Formação:

  • A fragilidade do sistema de ensino associada aos pouco Recursos Humanos e espaços físicos em formato reduzido, por forma a aumentar o distanciamento entre alunos, como consequência das medidas de distanciamento social e da redução do número de alunos por turma;
  • A utilização de métodos de ensino à distância, como a tele-escola, implica a necessidade de ter presente junto do aluno, com idades menores, de um adulto do agregado familiar. Este adulto poderá não ter uma atividade profissional que permita esta presença ou uma entidade patronal que permita esta assistência;
  • As ferramentas tecnológicas, tardam em estar disponíveis para todos, de forma justa. Quer seja pela zona geográfica do país, em que a cobertura de internet continua a ser insuficiente ou pelas desigualdades sociais que continuam a existir, em que nem todos os alunos têm meios financeiros para suportar a aquisição destas ferramentas;

A tecnologia como forma de auxílio ao ensino e a formação:

A tecnologia está presente de forma marcante em todas as áreas da nossa sociedade e a educação não foge a esta regra.

A necessidade de ligar pessoas à distância com as vídeo-aulas, a disponibilização ágil e eficaz de conteúdos, os equipamentos e os softwares que irão servir de base a estas tecnologias, serão o fator crítico de sucesso para o ensino e para a formação.

Esta solução será conjugada com um alcance generalizado a todo o país da tecnologia, independentemente do local onde esteja o emissor e o receptor dos conteúdos.

Para concluir, a formação quer ao nível académico, quer ao nível profissional é um fator crítico para o sucesso e evolução da sociedade. Os constrangimentos da Covid-19 vieram criar desafios adicionais a este setor, que vem à já algum tempo a revelar carências e nível estrutural, por falta de Recursos Humanos e Infraestruturas. No entanto, é claro para todos, que o sistema de ensino não pode parar, tendo para isso que se adaptar, por forma evitar o contágio e a difusão da doença.

Algumas destas adaptações tem a ver com a organização interna do sistema de ensino associado à compactação de conteúdos formativos, ao recurso ao ensino à distância e à criação de fluxos de circulação nas entidades formadoras.

Existem adaptações adicionais que estão associadas às leis de estado para o apoio parental, onde o enquadramento de ensino, seja realizado a partir de casa.

Na vertente complementar podemos registar a disponibilização de meios tecnológicos que cheguem a todos os utilizadores, de forma abrangente e justa.

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